Sabe, andei percebendo o quanto era dito "eu te amo" com uma grande frequênica no meu relacionamento, porém, sem vontade, entusiasmo, magnitude, sem tudo aquilo que um "eu te amo" tem que conter. Que era mais um "boa noite" do que um "eu te amo" verdadeiro. Que isso é aquele tipo de coisa que nós sabemos, não precisa ser dito assim, à torto e à direito, em todos os instantes. Não que o sentimento não seja real, muito pelo contrário. Mas falar compulsivamente, sem necessidade, como um cumprimento ou despedida, acaba por desgatar o sentimento. A pessoa sabe que é importante para nós, caso contrário, não teríamos um relacionamento sério. Isso de ficar dizendo toda hora é uma forma de banalizar esse gesto tão belo. Eu sei que você me ama, não precisa falar sempre. Você sabe que eu te amo, não é necessário escutar. Para que ficar repetindo tudo aquilo que nós já sabemos, sentimos, tudo aquilo que nós dizemos um ao outro com o olhar? Isso nós dizemos com o carinho, a amizade, a confiança, o companheirismo. É dito nas coisas do dia-a-dia, como na divisão das tarefas da casa, no jantar feito com tanto afeto, nos afagos entre o cabelo na hora de dormir, no beijo expôntaneo, no abraço de boa noite que continua até o amanhecer. São formas de falar que se ama, sem usar o som. A frase em si. E então, quando isso acontece, quando há uma troca verdadeira dessa pequena frase (tão importante), o que se passa naquele lugar, naquele momento, com aquelas pessoas, é mágico. Essa magia tão boba, tão simples e tão linda que é o amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário