Um dia saberei brincar com palavras, assim como brinquei de boneca.
Existe um imenso abismo entre escrever, gostar de escrever e escrever bem. Eu sinceramente não escrevo. Eu faço alguns esboços, uns poucos rabiscos. Eu sinto, eu vivo. E tento escrever a vida, assim como suas sensações e sentimentos. Escrevo também o que não vivo, e sinto por isso. Dou vida ao meu mundo secreto. Vivo mil personalidades, em inúmeros lugares diferentes. Sou anjo, demônio, racional e animal. Sou vítima, carrasco, culpada e juiz. Sou louca, sou sábia, sou deusa e meretriz. Tem dias que escrevo com a alma. Por vezes escrevo com o corpo. E sempre a insanidade escreve por mim. O juízo não escreve, porém, esconde-se nas entrelinhas. O desejo sempre quer escrever. Ele quase nunca sabe se conter. O coração escreve também. Apoiado pelo sorriso ou motivado por uma lágrima. A saudade é grande minha amiga. Discursamos por horas, por linhas e linhas. Escrevemos unidas, tudo aquilo que me nostalgia. Mas sabe o que mais me acompanha quando escrevo? O sonho. O sonho de um dia saber escrever feito gente grande.
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