é, por vezes sonhei contigo, seus carinhos e delírios, sua mão percorrendo meu corpo, seus sussurros e meus gritos, seu modo de me amar e de fazer amor comigo! Por vezes pensei que um dia tudo ainda pode ser pra sempre, mas e aquela velha história de que o pra sempre sempre acaba? Sei lá, só posso confessar que os sentimentos intensos nunca acabam! E é isso que me torna feliz. Mesmo sendo apenas devaneios e lembranças, mesmo por sonhos, ainda sou capaz de sentir, ouvir, tocar, gemer, ainda podemos explodir num sem fim de sensações e prazeres, ainda há amor, e não somos seres tão cegos assim. Nem nós, nem os outros, eles percebem como a respiração fica ofegante e as mãos se tornam trêmulas quando nossos passos se cruzam, se encontram ou tropeçam, os outros vêem com clareza e perfeição o ridículo que envolve nossas cenas de puro fingimento! Finges que não me vê, passo a fingir que não ligo. Até quando dá pra fingir o que está pulsando por dentro? Será que temos a capacidade de transformar a vida em um palco, e fingir que o roteiro acabou? Vi um público, e também por trás das cortinas, por baixo dos panos e em baixo das cobertas, mas não ouvi os gritos além dos meus, e ao menos ouvi os aplausos! É essa a peça que sou obrigada a apresentar? Os contos de um amor indeciso, profundo, devastador e covarde? NÃO! Simplesmente estou decidida que essa não é a melhor obra, isso não é arte. Não é ficção. Não é um simples texto pedindo que atores lhe mostre a vida. Isso é a vida, nos mostrando como às vezes atuar pode ser triste, isso é o destino mostrando que o final pode ser feliz, e que deve ser escrito logo, pois os ingressos podem esgotar repentinamente.
E quando todos forem embora, vai ser doloroso olhar para a platéia vazia, a cama vazia, a vida vazia. E o vazio vai nos tomar, transformando tudo que vivemos, construímos e acabamos por destruir em um nada, cheio de angústias e horrores e medos. O que não será estranho, pois somos seres que tem medo, pois ainda temos amor.
Santa Isabel, 15 de Janeiro de 2010
por Larissa Isabelle Rodrigues Costa
Hoje, dia 15 de Janeiro de 2010, completam 10 anos que você partiu PAI, e tudo que posso dizer é que EU AMO VOCÊ, eternamente! Apesar dos poucos anos que estive ao teu lado, aprendi a ser gente, aprendi a sorrir, sempre. Aprendi que os sentimentos são sempre fortes, e que devemos amar incondicionalmente. Que sua alma tenha encontrado a paz, e esteja em Deus todos os momentos. Amo-te, e isso é real.
[LUTO]
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